Jornada Científica com trabalhos de grande relevância acadêmica e mercadológica

Os últimos dias têm sido intensos para os estudantes da CESAR School em razão da semana de Projetos. Para os alunos do 7º período de Design e Ciência da Computação, a dedicação vai culminar na I Jornada de Iniciação Científica. Nesta sexta-feira, a partir das 9h, diversos trabalhos de desenvolvimento de TCC serão apresentados para professores orientadores e avaliadores dos dois cursos e também para o público interessado em prestigiar e aprender. As inscrições são feitas pelo Sympla, e a presença conta como atividade complementar.

“A qualidade técnica da escrita e da construção científica está muito alta, de maneira geral. São temas bastante relevantes e de grande interesse não só de academia, mas de mercado”, avalia o professor Gustavo Henrique da Silva. “Isso é um reflexo da metodologia adotada pelo CESAR, de ter pesquisas desde o início da graduação”, continua o docente, elogiando o empenho dos estudantes. “Tem gente que já está iniciando e executando a pesquisa ainda na disciplina de Projeto, que pede apenas o planejamento.”

Para ilustrar a qualidade dos pré-projetos, este jornalista que vos escreve teve a missão de ir atrás de dois trabalhos de impacto, um de cada curso. Mesmo com prazos apertados nesta acelerada semana, os estudantes Tiago Lopes Valença (Ciência da Computação) e Carlos Alberto Tomaz Ferreira (Design) encontraram brecha para responder. O primeiro é intitulado Montagem de sequência de DNA com transformer. O segundo tem como tema A visão estratégica do Design aplicada na gestão empreendedora como processo de inovação. Vamos tentar explicar um pouco…

SEQUENCIAMENTO DE DNA
Para conseguir a sequência completa do DNA, o código genético presente em todos os seres vivos, são necessárias diversas leituras e a divisão em vários fragmentos para posterior montagem. O processo é criterioso, pois os fragmentos podem conter erros de leitura, ter a mesma informação repetida, entre outros problemas. Para a montagem, é preciso utilizar algoritmos que levem em conta todas essas dificuldades.

“Em uma aula da disciplina de Computação Natural e Ciências Naturais Computacionais, no início do semestre, o professor apresentou esse problema. Daí, escolhi o algoritmo Transformer, que apresenta resultados de estado da arte em processamento de linguagem natural”, explica Tiago. “O objetivo do trabalho é verificar a eficiência de algoritmos de processamento de linguagem natural para resolver o problema de montagem de sequências de DNA.”

De alta relevância científica, o tema está em desenvolvimento, após um primeiro semestre de embasamento teórico. “Até agora, os maiores desafios são o entendimento do problema, traduzir ele de uma maneira que uma pessoa sem conhecimento prévio entenda e achar trabalhos de aprendizado de máquina que tentem resolver o problema. Dentro de minhas pesquisas, achei pouquíssimos que usem aprendizado de máquina e não encontrei nenhum que utilize processamento de linguagem natural.” A solução proposta, continua Tiago, “tem um grande potencial de inovação, podendo se tornar uma nova vertente de pesquisa no estudo dos processos de montagem de sequência de DNA, através do uso de algoritmos de processamento de linguagem natural.”

EMPREENDEDORISMO
Compreender como o design e o empreendedorismo convergem através do uso de metodologias integradas no processo de inovação é o mote do trabalho de Carlos Tomaz. A meta é fornecer indícios para melhor implementar o uso de design estratégico dentro da realidade dos novos negócios. “Muitos empreendedores não sabem o quanto o design pode contribuir significativamente, como uma ferramenta estratégica, tanto na validação das ideias em oportunidades de negócio, quanto no ciclo de inovação como um todo. O indivíduo que deseja empreender precisa ter domínio sobre o conhecimento, e isto é uma questão de transformação”, explica o estudante.

A ideia de explorar o tema surgiu da relação de Carlos com a área de branding e gestão estratégica do design. “Eu tenho um escritório de design, atuo com pequenos e médios empresários e o que tenho observado é sempre a mesma questão: a percepção errada tanto do entendimento sobre o papel do design, quanto da falta de conhecimento sobre processos, metodologias e abordagens que podem auxiliar na estruturação do negócio.”

Segundo Carlos Tomaz, grande parcela do público ainda vê o design como a parte estética. “Isto equivale a limitar o design à formulação de uma identidade visual, por exemplo. É um equívoco, pois design é processo. Ele cabe tanto na transformação da cultura, quanto no desenvolvimento da experiência de um produto”, conclui.

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